Compulsando exemplares antigos de revistas de divulgação científica, encontramos um artigo com o título acima publicado na Enciclopédia Bloch (Revista Mensal de Cultura) de agosto de 1969, sem o nome de seu autor, que foi identificado apenas com a qualificação de Professor de Biologia e Diretor do Curso de Ciências Médicas e Médico do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.

Compulsando exemplares antigos de revistas de divulgação científica, encontramos um artigo com o título acima publicado na Enciclopédia Bloch (Revista Mensal de Cultura) de agosto de 1969, sem o nome de seu autor, que foi identificado apenas com a qualificação de Professor de Biologia e Diretor do Curso de Ciências Médicas e Médico do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. Apenas a título de ilustração de como pseudo-verdades vão sendo consideradas como verdades absolutas, e também de como declarações errôneas vão sendo transmitidas descuidadosamente, destacamos os dois seguintes trechos do referido artigo:

1 – “Nas edições anteriores desta série, explicou-se como surgiu o Universo e, dentro dele, o planeta Terra. Esclareceu-se também que a vida apareceu espontaneamente, no decurso de alguns bilhões de anos, durante os quais a matéria orgânica se formou e se agregou, constituindo os primeiros seres unicelulares. Depois, as células passaram a se reunir formando os organismos pluricelulares. Aí, então, milhões de anos transcorreram, enquanto umas espécies originavam outras mais aperfeiçoadas. Lentamente o mundo se foi povoando.”

2 – “Ele (Darwin) havia empreendido uma viagem ao redor do mundo em seu iate particular, o Beagle, e observava nos oceanos e nas florestas em que aportava, como na selva amazônica, na qual esteve por duas vezes, uma constante luta entre os animais pela sobrevivência.”

Observações: A primeira das declarações acima, hoje em dia, seria considerada risível até mesmo nos meios evolucionistas, em face dos conhecimentos trazidos pela Biologia Molecular, que aponta para a “complexidade irredutível” das células e dos organismos, e também para a constância das características genéticas e o limitado domínio das mutações. A segunda declaração, além de também risível (Darwin em seu iate particular…), ainda mais é ridícula, pois o Beagle nunca aportou na floresta amazônica, e nem Darwin lá esteve sequer uma só vez! (Bastava ter lido o livro de Darwin “A Viagem de um Naturalista ao redor do Mundo”, do qual existe excelente tradução em Português!).

 

SCB (08/02/2004)   [9]